Em 2023, o número de trabalhadores empregados no agronegócio do Brasil atingiu um patamar histórico, alcançando a marca de 28,3 milhões de pessoas. Esse setor representou 26,8% do total de empregos no país no último ano, mantendo-se estável em comparação com sua participação registrada em 2022.
As informações foram extraídas do mais recente relatório sobre o Mercado de Trabalho no Agronegócio Brasileiro, preparado em conjunto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
- A população ocupada no agronegócio brasileiro registrou um aumento de 1,2% em comparação com 2022.
- Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo desempenho nos agrosserviços.
- Os agrosserviços apresentaram alta de 8,4%, o que equivale a um acréscimo de 772,2 mil pessoas no número de empregados no ano passado.
O segmento de insumos também se destacou em 2023.
- Houve um crescimento de 5,1%, representando um aumento de 14,5 mil pessoas na população empregada em relação ao ano anterior.
“O avanço em ambos os segmentos é reflexo sobretudo do excepcional desempenho da produção dentro da porteira, o que estimula outros segmentos”, declara o boletim,
A população empregada na agropecuária diminuiu em 5%, principalmente devido a quedas em setores como horticultura, cafeicultura, cereais, bovinocultura, cultivo de laranjas e produção florestal.
No entanto, no segmento agroindustrial, houve estabilidade, com avanços em agroindústrias pecuárias e recuos em agroindústrias agrícolas, influenciados respectivamente pelo aumento nas indústrias de abate e laticínios, e pelas quedas em indústrias como as de açúcar, etanol, café, entre outras.
Quanto ao perfil da mão de obra, houve um aumento na população empregada no agronegócio, impulsionado principalmente por empregados formais e com maior nível de instrução. Os rendimentos mensais dos empregados assalariados no agronegócio aumentaram em 4,3% em 2023, superando a média nacional de 4%.
Fonte: Globo Rural
