O planejamento de fazendas sustentáveis é uma prática cada vez mais crucial no contexto agrícola contemporâneo. Considerando a integração de métodos e tecnologias sustentáveis, os agricultores visam maximizar a produtividade enquanto minimizam os impactos ambientais e sociais.
Desde a implementação de técnicas de conservação do solo até o uso eficiente de recursos hídricos e a diversificação de culturas, o planejamento sustentável visa garantir a viabilidade a longo prazo das operações agrícolas. No entanto, surge a questão: é possível conciliar práticas sustentáveis com o uso de agrotóxicos?
Na busca pela harmonia entre o homem, a natureza e a atividade econômica, a sustentabilidade não exclui a utilização de defensivos agrícolas. Contudo, para alcançar um projeto de fazenda sustentável, é crucial seguir as orientações técnicas recomendadas.
Alexandre Berndt, pesquisador e chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Pecuária Sudeste) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Zootecnia, explica: “Parece óbvio dizer isso, mas muita gente utiliza os produtos de forma errada, aplica mais e não respeita a carência. Os defensivos são um conjunto de tecnologias importantes para o sistema de produção, mas devem ser usados com critério”.
No Brasil, é frequente a prática do plantio direto, uma estratégia de integração entre a lavoura e a pecuária. Durante o período que precede a próxima safra, ao final do ciclo da pastagem, os criadores de gado aplicam herbicidas para formar uma cobertura de palhada sobre a terra desativada. Essa técnica proporciona diversos benefícios, tais como o controle eficaz de plantas daninhas, a ciclagem de nutrientes e a redução da evaporação da água.
Fonte: Globo Rural