As chuvas irregulares e o calor intenso registrados nos últimos meses em Goiás prejudicaram o plantio das principais culturas agrícolas do estado. O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, revelou em entrevista a Jackson Abrão (via Jornal O Popular) nesta segunda-feira (5) que esse impacto pode resultar em uma perda de até 4 milhões de toneladas de grãos.
“Nós realizamos uma expedição. Percorremos 8 mil quilômetros, 80 municípios, visitando propriedades, e nós levantamos aí uma perda possível de 15% a 23%. 15% já perdemos, e, de acordo com aquilo que pode ocorrer, nós podemos chegar a 23%, que é uma quebra substancial de soja, de milho, e de outros produtos”, declarou o presidente.
Com base em informações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em 2023, a produtividade média alcançada foi de 65 sacas de grãos por hectare. Atualmente, estimando-se uma variação na produtividade entre 50 e 55 sacas, a perda é de 10 a 15 sacas por hectare, especialmente em plantações mais precoces afetadas pela seca.
Schreinert acredita auq essa situação deverá acabar em breve: “Nós estamos agora no efeito El Niño, o que causou todo esse estrago, essa perda de produção que nós estamos enfrentando, não só em Goiás, mas todo o Brasil. Esse efeito – não sou eu que estou falando, mas os climatologistas -, deve ir perdendo força até final de abril. Depois, nós vamos enfrentar um outro período onde chega o efeito La Niña, que é o efeito contrário, com bastante chuva”.