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Soja e milho (Foto: PIXABAY)

Soja e milho (Foto: PIXABAY)

Agronegócio

Commodities

Entenda o que pode movimentar preço da soja e milho nesta semana

Argentina tem protagonismo na movimentação do mercado

Quem faz parte do mercado do agronegócio precisa sempre se atentar aos movimentos que afetam o segmento. Essa atenção é importante, principalmente, para os produtores de soja e milho, commodities de grande importância. Entenda o que pode movimentar os preços nesta semana.

Um dos motivos para variação de preços nesta semana deve ser a quantidade da produção Argentina. Nosso país vizinho pode ditar as regras dessa movimentação das operações de soja e milho.

Através de leitura da plataforma Grão Direto, abaixo uma análise desse quadro:

O que pode influenciar a cotação da soja

Atuação da Argentina: a estimativa da Bolsa de Cereais revisou a previsão de colheita de soja para 52 milhões de toneladas. A plantação, já concluída no país, apresenta um número potencialmente significativo, mais que dobrando a produção da última safra. No entanto, essa previsão é vista com cautela devido à expectativa de calor extremo nesta semana, uma fase crucial para o desenvolvimento dos grãos.

Exportações dos Estados Unidos: de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas líquidas atingiram o ponto mais baixo do ano em termos de comercialização. Esse cenário é predominantemente resultado da reduzida demanda da China. Além disso, a soja dos Estados Unidos ainda apresenta um custo mais elevado em comparação com outras nações até o momento. Com a diminuição das cotações em Chicago, espera-se que essa condição seja aliviada. No entanto, os custos logísticos decorrentes de conflitos ainda persistem, continuando a exercer um impacto significativo sobre o preço final da oleaginosa.

Foco nas exportações: conforme a Secex, as exportações brasileiras de soja atingiram 2,6 milhões de toneladas, superando mais que o triplo do volume exportado em janeiro do ano anterior, que foi de aproximadamente 800 mil toneladas. Esses números estabelecem um novo recorde para o mês, ultrapassando a marca anterior de 2,5 milhões de toneladas em 2022. É altamente provável que essas exportações estejam relacionadas às transações comerciais do ano passado, ocorridas antes da queda nos preços.

Analisando os eventos mencionados, é possível que a soja em Chicago tenha mais uma semana negativa, com o mercado físico brasileiro seguindo a mesma direção.

A movimentação do mercado do milho

Espera-se pouca alteração nos números do Relatório Mundial de Oferta e Demanda. Possivelmente, a expectativa de produção do Brasil será mantida no relatório. Na Argentina, prevê-se um aumento na oferta do cereal. Ajustes na oferta e demanda para o milho norte-americano podem ser realizados.

O ritmo acelerado das exportações persistirá. Sazonalmente, é prevista uma queda no ritmo de exportação nos próximos meses, retornando apenas no segundo trimestre. Durante esse período, a demanda pelo cereal e as oscilações nas cotações serão principalmente impulsionadas pelo mercado interno.

Pode haver uma antecipação na janela de exportação. Com a possível redução da área de plantio para a safrinha de 2024, a janela de exportação pode se antecipar. Diante da demanda global, os países compradores buscarão garantir a aquisição do cereal para reforçar seus estoques de forma mais precoce. Se a Argentina colher uma safra significativa, os compradores terão uma alternativa adicional.

Plantio da safrinha 2024: espera-se um aumento no ritmo de plantio nas próximas semanas, à medida que a colheita de soja avança em várias regiões. Até o momento, o cereal está sendo plantado em uma janela considerada ideal, onde o risco climático é minimizado.

Considerando todo o cenário acima, as cotações de milho continuarão sem impulso para subir, aguardando uma orientação mais clara em relação à safrinha de 2024.

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