Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, está internada na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, após sofrer um aneurisma e ter a morte cerebral confirmada no dia 1º de janeiro. Apesar do diagnóstico irreversível, os médicos decidiram manter os aparelhos que sustentam sua vida para preservar a gestação, que está em estágio avançado. A jovem, grávida de seis meses, permanece sob acompanhamento para que o parto possa ocorrer quando completar sete meses.
O marido de Joyce, João Matheus Silva, de 23 anos, revelou que tudo começou no dia 20 de dezembro de 2024, quando ela sentiu uma forte dor de cabeça em Jaciara, a 148 km da capital mato-grossense, onde o casal vive desde que se mudou de Tocantins para Mato Grosso em julho. Segundo ele, Joyce não apresentava sintomas de aneurisma antes da gravidez. “Assim que ela engravidou, sentia muito enjoo e dores de cabeça, mas eram leves. Ninguém esperava que isso iria acontecer com ela”, declarou em entrevista ao portal g1.
Após desmaiar e ter o quadro agravado, Joyce foi levada ao hospital local e, posteriormente, transferida para a Santa Casa de Rondonópolis. No novo hospital, ela passou por uma cirurgia e, devido a um inchaço no cérebro, foi submetida a um procedimento emergencial que envolveu a remoção de parte do crânio. Apesar de todos os esforços médicos, o diagnóstico de morte cerebral foi confirmado alguns dias depois.
De acordo com informações da Santa Casa, a equipe de obstetrícia está monitorando o desenvolvimento do bebê e, por enquanto, não há previsão para o parto.
Joyce deixa uma história marcada por esperança, enquanto a decisão médica busca preservar a vida da criança, mesmo diante de uma perda tão precoce.