Na última terça-feira (27), a atriz Luana Piovani participou do programa Sem Censura, da TV Brasil, onde conversou com a apresentadora Cissa Guimarães sobre as dificuldades enfrentadas após denunciar seu ex-namorado, o ator Dado Dolabella, por agressão. Durante o bate-papo, Luana destacou que o julgamento da sociedade foi mais doloroso do que a própria violência sofrida.
“A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Eu estava em uma época que não era um movimento comum. As pessoas adoram dar personagens para a gente e quando não aceitamos esses personagens, eles ficam com raiva da gente”, desabafou.
O relato da atriz rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, reacendendo discussões sobre a reação pública à denúncia. Internautas relembraram, inclusive, que a cantora Maria Gadú, então amiga de Dado Dolabella, teria defendido o ator na época.
Questionada, Gadú se pronunciou nesta quarta-feira (27) em um story no Instagram, esclarecendo sua posição. “Gente, parem de loucura. Não sou amiga de Dado Dolabella, repudio tudo o que fez, tenho pavor. Não nos falamos há mais de uma década, justamente por isso. Que loucura”, escreveu.
Ainda na entrevista, Piovani revelou que a repercussão do caso teve consequências em sua vida profissional, incluindo sua demissão de um programa da Rede Globo. Segundo a atriz, a falta de apoio público foi marcante. “Eu nunca aceitei a roupinha que a sociedade brasileira quis me vestir. Quando eu fui lá e denunciei a violência, as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou. E eu não falo só de pessoas na rua, a empresa na qual eu trabalhava me tratou mal”, afirmou.
Luana reforçou que enfrentou os desafios praticamente sozinha, sem suporte de colegas ou da emissora. “Eu não tive suporte de absolutamente ninguém. Eu tinha um programa na Rede Globo e logo depois eles me mandaram embora. As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo para aparecer, para chamar a atenção”, concluiu.
O depoimento de Piovani chamou a atenção para a luta contra a violência doméstica e a necessidade de maior apoio às vítimas que têm coragem de denunciar.