A cantora Shakira revelou detalhes de sua separação do ex-jogador de futebol Gerard Piqué (37), explicando como o término do relacionamento a deixou emocionalmente abalada. Durante o anúncio de sua nova turnê mundial, Las Mujeres Ya No Lloran World Tour, que passará pelo Brasil em 2025, ela compartilhou, em uma entrevista recente ao QG Espanha, que suas músicas mais recentes funcionaram como um canal de cura e expressão de sentimentos reprimidos. No videoclipe “Monotonía”, em colaboração com Ozuna, e em “Sessions 53”, com Bizarrap, a artista menciona ter sentido uma “libertação” ao escrever e interpretar essas canções.
A psicóloga Leticia de Oliveira, em entrevista à CARAS Brasil, destaca a relevância da saída artística que Shakira encontrou para lidar com a dor emocional. “Após uma separação dolorosa, é comum que as pessoas experimentem uma gama de emoções intensas, incluindo tristeza profunda, decepção e até perda de identidade, especialmente quando o relacionamento era uma parte central de suas vidas. No caso de Shakira, ela usou a música como um recurso terapêutico, o que é uma forma poderosa de expressão e catarse”, explica.
A cantora também comentou que o impacto do divórcio a fez perder temporariamente a confiança nos outros, o que é uma reação natural em processos de luto e superação de decepções profundas. “A desconfiança após um rompimento doloroso é um mecanismo de autodefesa”, observa a especialista. “É o cérebro tentando evitar novas situações de sofrimento. No entanto, expressar esses sentimentos através da música permitiu a ela descomprimir emoções que, se reprimidas, poderiam prejudicar ainda mais seu bem-estar psicológico”, complementa.
Além disso, Shakira enfatizou que, por muitos meses, tentou iniciar seu luto em silêncio, mas não conseguiu encontrar alívio até que começou a compor suas músicas. Para Leticia, essa escolha de compartilhar sua dor publicamente indica uma fase de aceitação e autocompreensão, mostrando progresso no processo de cura. “Quando alguém coloca em palavras a dor que sente, seja por meio de um diário ou da música, isso permite a compreensão e transformação daquela emoção, ajudando na reconstrução da autoestima e na recuperação da confiança”, conclui.