A modelo Gisele Bündchen é destaque esta semana, aos 44 anos, grávida de seu namorado, Joaquim Valente. Ela sempre enfatizou o cuidado com sua saúde física e mental. Em uma revelação no Instagram no ano passado, a ex-mulher de Tom Brady compartilhou que recorreu a um tratamento alternativo para sua ansiedade e depressão: um cogumelo conhecido como Juba de Leão, que, segundo ela, foi decisivo para sua melhora.
O cogumelo, chamado cientificamente de Hericium erinaceus, é amplamente utilizado na medicina asiática para benefícios à cognição e à saúde mental. Gisele afirmou que o utiliza regularmente e sente maior energia e foco. Contudo, apesar do seu crescente uso, especialistas apontam que as evidências científicas atuais ainda são limitadas para confirmar seus efeitos como antidepressivo. Em artigo publicado no Journal of Fungi no ano passado, cientistas discutiram que a aplicação da Juba de Leão para “ampla gama de condições patológicas do cérebro, incluindo Alzheimer, depressão, Parkinson e lesão da medula espinhal” está em estudo, embora grande parte dos resultados sejam obtidos em pesquisas pré-clínicas.
Outro artigo, do The Journal of Neurochemistry, destaca que o cogumelo pode contribuir para o crescimento dos nervos e o fortalecimento da memória. Apesar dos efeitos promissores, os autores ressaltam que “mais estudos são necessários para identificar o alvo direto da Hericerina que possibilita uma atividade pan-neurotrófica tão poderosa, a fim de verificar se esse mecanismo pode melhorar a memória e retardar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento e doenças neurodegenerativas”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que “o cogumelo juba de leão não possui autorização como novo alimento ou ingrediente na categoria de suplemento alimentar”. Segundo o órgão, produtos com fins terapêuticos ou medicinais — isto é, destinados à prevenção, tratamento ou cura de doenças, conforme o Decreto-Lei nº 986/1969 — não se enquadram na categoria de alimentos.