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Jogos Olímpicos de Paris 2024 (imagem: Arte Generativa/por IA)

Jogos Olímpicos de Paris 2024 (imagem: Arte Generativa/por IA)

Esportes

Abertura dos Jogos Olímpicos quase não é realizada no Rio Sena; entenda

A cerimonia será realizada hoje, as 14h30 (horário de Brasília)

A ousada ideia de realizar a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio Sena quase não se concretizou. Enfrentando barreiras técnicas, políticas e a resistência das equipes de segurança, Paris-2024 conseguiu vencer os desafios e a cerimônia acontecerá nesta sexta-feira.

Em maio de 2020, Didier Lallement, chefe da polícia de Paris, quase sepultou o projeto ao declarar que a cerimônia no Sena era inviável em termos de segurança. Um dos participantes da reunião na Île de la Cité relembra que Lallement foi categórico ao afirmar que a segurança não poderia ser garantida. A tensão aumentou entre as forças de segurança, que estavam preocupadas com a logística de acomodar centenas de milhares de pessoas ao longo dos seis quilômetros do Sena.

Para além disso, foi considerado especialmente um contexto de alerta terrorista. O criminologista Alain Bauer chegou a classificar a cerimônia como “criminosa” em entrevista à televisão.

A ideia volta na mesa

Em seguida, a proposta voltou à tona em 2016, durante a Noite Branca Parisiense, quando Anne Hidalgo, prefeita de Paris, e Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, observaram barcos navegando com as cores olímpicas pelo Sena. Em 2018, a cerimônia dos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, que emocionou Bach, reforçou a ideia de uma cerimônia fora do estádio.

Thierry Reboul, diretor de cerimônias da comissão organizadora de Paris-2024, lembra que a ideia de sair do estádio já estava sendo discutida quando ele chegou ao Cojo em 2018. Embora ele tenha promovido a instalação de uma pista de atletismo no Sena em 2017, ele nega ter concebido a ideia da cerimônia no rio. No entanto, Reboul afirma que, ao caminhar por Paris, percebeu que o Sena era o local ideal para o evento.

A implementação do projeto exigiu o apoio do poder público. Em novembro de 2020, Tony Estanguet, chefe do Cojo, discutiu a ideia com o presidente francês Emmanuel Macron, que a considerou “maluca” mas a apoiou. Macron oficializou o projeto durante os Jogos de Tóquio, iniciando uma corrida contra o tempo para preparar a cerimônia inédita.

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